Crise no autismo: o que é meltdown e shutdown e por que não são birras
- Suely Oliveira
- há 1 minuto
- 2 min de leitura
Identificar e compreender uma crise no autismo é essencial para oferecer acolhimento adequado e evitar interpretações equivocadas, como a ideia de que se trata de birra ou má-criação.

Neste artigo, você vai entender o que são meltdown e shutdown, por que ocorrem e como agir.
O que é uma crise no autismo?
A crise no autismo é uma resposta involuntária do organismo diante de uma sobrecarga emocional, sensorial ou cognitiva.
Diferente de comportamentos manipulativos, essas crises ocorrem quando a pessoa com TEA atinge seu limite de tolerância.
Ou seja, isso significa que essas expressões não devem ser interpretadas como desobediência ou birra.
Meltdown: uma explosão para fora
O meltdown é um tipo de crise marcado por explosões externas. Assim sendo, a pessoa pode gritar, chorar, bater, correr ou até mesmo se machucar.
Esse comportamento acontece quando o sistema nervoso entra em colapso diante de estímulos excessivos (barulho, luz, toque, frustrações).
Dessa forma, é importante esclarecer que o objetivo não é “chamar atenção” ou conseguir algo, muito pelo contrário, trata-se de uma reação fora de controle.
Durante um meltdown, o ideal é reduzir estímulos, manter a calma e oferecer segurança física e emocional, sem confrontar a pessoa.
Shutdown: um silêncio que também é crise
O shutdown é o oposto do meltdown: representa um colapso interno.
Ou seja, a pessoa com TEA pode se isolar, parar de falar, evitar o contato visual e parecer apática.
Porém, embora menos visível, essa crise também representa sofrimento intenso. Muitas vezes, é confundido com timidez ou “preguiça”, o que dificulta o acolhimento adequado.
Dessa maneira, reconhecer esse comportamento como uma crise é fundamental para oferecer suporte e criar estratégias que respeitem os limites da pessoa.
Não é birra: entenda a diferença!
A birra é um comportamento intencional que tem um propósito claro: geralmente, conseguir algo desejado.
Já a crise no autismo não é voluntária. Assim, a pessoa com TEA não tem controle sobre o que está sentindo ou expressando.
Por isso, julgar essa reação como má-criação pode gerar traumas, culpa e distanciamento emocional.
Ou seja, é de extrema importância compreender essa diferença para que pais, cuidadores, professores e terapeutas saibam como lidar da melhor forma possível.
Abaixo você confere algumas dicas.
Como lidar com a crise?
Algumas ações podem ajudar no momento da crise:
Reduza estímulos (barulho, luzes, movimento);
Evite repreensões ou julgamentos;
Garanta a segurança física da pessoa;
Respeite o tempo de recuperação;
Observe os gatilhos para crises futuras.
Buscar apoio profissional especializado é fundamental para criar estratégias de prevenção e fortalecer o vínculo com a criança ou adulto com TEA.
Apoio faz a diferença!
Entender e acolher a crise no autismo é um passo fundamental para oferecer mais qualidade de vida à pessoa autista e à sua rede de apoio.
Nós, da AMAFV, oferecemos atendimento especializado e acolhedor para famílias e cuidadores.
Entre em contato com a AMAFV e descubra como podemos ajudar você nesse processo.
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