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Mercado de trabalho e TEA: desafios e oportunidades

O mercado de trabalho TEA ainda enfrenta muitos obstáculos no Brasil e no mundo. 


Rapaz segurando fita de girassol do autismo

Barreiras de comunicação, preconceitos e ambientes pouco preparados dificultam a inclusão, mas também revelam a urgência de criar oportunidades que respeitem a singularidade e valorizem talentos diversos.


Nos últimos anos, o debate sobre inclusão ganhou espaço em diferentes setores da sociedade. 


Quando falamos de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a inserção no mercado de trabalho ainda é um grande desafio, mas também uma oportunidade de transformação social


Afinal, cada vez mais empresas reconhecem o valor da diversidade e buscam formas de acolher profissionais neurodivergentes, oferecendo condições justas de desenvolvimento e participação.


O mercado de trabalho TEA: qual é a realidade atual?

Apesar dos avanços em políticas públicas e discussões sobre acessibilidade, muitas pessoas com TEA enfrentam barreiras significativas ao buscar emprego. Entre os principais desafios estão:


  • Falta de informação e preconceito por parte de empregadores e colegas.

  • Processos seletivos excludentes, que priorizam entrevistas convencionais e deixam de lado diferentes formas de comunicação.

  • Ambientes de trabalho pouco adaptados, com excesso de estímulos sensoriais ou ausência de rotinas estruturadas.


Ainda assim, iniciativas inclusivas têm crescido. 


Ou seja, programas de diversidade corporativa e leis de cotas já abriram espaço para que pessoas com TEA ingressem em diferentes áreas, mostrando seu potencial produtivo e criativo.


 O que dizem as pesquisas e os números atuais?

  • População com TEA no Brasil: O Censo 2022 identificou 2,4 milhões de pessoas autistas (≈ 1,2% da população). Maior prevalência entre meninos e no grupo de 5 a 9 anos (2,6%).

  • Emprego e subinclusão: Estimativas indicam que até 85% dos adultos autistas estão desempregados no Brasil (dado citado em Você RH, 2024). Falta estatística oficial específica para TEA.

  • Mercado formal PcD (geral): O eSocial/MTE registrou 545,9 mil trabalhadores PcD/reabilitados empregados formalmente em jan/2024 — mas não há recorte específico para TEA.

  • Leis de proteção:

    • Lei 12.764/2012 – “Lei Berenice Piana”: reconhece a pessoa com TEA como PcD para todos os efeitos legais.

    • Lei 8.213/1991, art. 93: empresas com ≥100 empregados devem reservar 2%–5% das vagas a PcD.

    • Decreto 9.508/2018: mínimo de 5% das vagas em concursos públicos reservadas a PcD.

    • Lei 14.992/2024: medidas específicas para ampliar a empregabilidade de pessoas com TEA, integrando SisTEA e Sine, além de ações de sensibilização.

  • Concursos públicos: Há registros de autistas aprovados que enfrentaram barreiras na perícia biopsicossocial, sendo necessário recorrer à Justiça para garantir a posse.


Apesar da base populacional sólida (IBGE) e do arcabouço legal robusto, faltam indicadores oficiais sobre empregabilidade de pessoas com TEA


Na prática, muitas famílias ainda relatam barreiras em entrevistas, perícias e concursos, mostrando a necessidade de políticas mais efetivas de inclusão e monitoramento real dos dados.


Por que investir na inclusão?

A inclusão de pessoas com TEA no mercado de trabalho vai além de cumprir obrigações legais, mas despertam:

  • Valor humano: cada indivíduo tem talentos únicos que podem contribuir para equipes mais inovadoras.

  • Desenvolvimento social: oferecer oportunidades de trabalho fortalece a autonomia e a qualidade de vida.

  • Benefício para empresas: equipes diversas tendem a ser mais criativas e resilientes, além de melhorarem a imagem institucional.


Boas práticas para empresas

Para que a inclusão aconteça de forma real e não apenas simbólica, algumas práticas também são fundamentais para fazer a diferença:


  • Processos seletivos adaptados: considerar entrevistas práticas, dinâmicas e avaliações que respeitem diferentes formas de comunicação.

  • Ambientes de trabalho estruturados: organização clara de tarefas, rotina previsível e espaços com menos estímulos sensoriais.

  • Capacitação de equipes: treinamentos sobre neurodiversidade ajudam a reduzir preconceitos e promovem um ambiente de respeito.

  • Apoio contínuo: acompanhamento por profissionais de RH, psicólogos e tutores pode facilitar a adaptação do colaborador.


O papel da sociedade e da família

A inclusão não é responsabilidade apenas das empresas. 


Assim, tanto a família, como os profissionais de saúde e a própria sociedade precisam estar engajados em promover a autonomia das pessoas com TEA


Isso envolve estimular desde cedo habilidades de comunicação, independência e socialização, preparando o jovem ou adulto para vivenciar experiências de trabalho com segurança.


Seja um agente de transformação da inclusão!

Falar sobre mercado de trabalho e TEA é lembrar que a inclusão é uma construção coletiva


Por isso, quando empresas, famílias e sociedade se unem para derrubar barreiras, abrem-se caminhos para um futuro em que o talento e a singularidade de cada pessoa sejam valorizados.


👉 Acompanhe os conteúdos da AMAFV e descubra mais formas de promover inclusão, respeito e oportunidades para todos.


 
 
 

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