Brincar com crianças com TEA: por que é terapêutico e essencial para o desenvolvimento
- Suely Oliveira
 - 10 de out.
 - 2 min de leitura
 
O ato de brincar é uma linguagem universal da infância.

É por meio das brincadeiras que as crianças exploram o mundo, aprendem regras, desenvolvem criatividade e constroem laços afetivos.
No caso das crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), o brincar assume um papel ainda mais importante, funcionando como uma ferramenta terapêutica e de comunicação.
Brincar com crianças com TEA não é apenas uma forma de lazer, é uma estratégia essencial para estimular habilidades cognitivas, sociais e emocionais, além de fortalecer o vínculo entre pais, cuidadores e profissionais.
Por que brincar com crianças com TEA é terapêutico?
O brincar terapêutico oferece às crianças com TEA oportunidades seguras para se expressarem, compreenderem emoções e se conectarem com o outro.
Durante as brincadeiras, elas aprendem a observar, imitar, esperar sua vez, lidar com frustrações e compartilhar momentos, aspectos fundamentais do desenvolvimento social.
Além disso, o brincar facilita a generalização de aprendizados obtidos nas terapias, como as de fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia.
Por exemplo, uma simples brincadeira de faz de conta pode estimular a linguagem, o olhar compartilhado e a empatia, pilares da comunicação social.
Estímulos e benefícios do brincar no TEA
As atividades lúdicas ajudam a trabalhar áreas essenciais para o desenvolvimento integral:
Comunicação: ao nomear objetos, expressar desejos e reagir a estímulos, a criança amplia seu repertório verbal e não verbal;
Coordenação motora: jogos de montar, correr, pular ou desenhar fortalecem o controle corporal;
Interação social: brincar em dupla ou em grupo ensina sobre regras, turnos e convivência;
Autonomia e autoconfiança: cada conquista, por menor que seja, reforça a autoestima e o senso de capacidade.
Assim sendo, esses benefícios tornam o brincar uma ponte entre o mundo interno da criança e o ambiente social.
Mesmo quando o contato visual ou verbal é limitado, a brincadeira cria conexão e confiança.
Dicas para brincar com crianças com TEA
Para que o brincar seja realmente terapêutico, é importante respeitar o ritmo e os interesses da criança:
Siga o interesse dela: observe o que desperta curiosidade e entre nesse universo;
Simplifique regras e estímulos: ambientes tranquilos ajudam na concentração;
Use reforços positivos: comemore pequenas conquistas;
Inclua elementos sensoriais: massas, água, texturas e sons suaves estimulam a percepção;
Integre o brincar às terapias: jogos podem ser adaptados às metas terapêuticas de cada criança.
Essas práticas tornam o momento lúdico mais leve, prazeroso e repleto de significado.
Brincar é vínculo, e vínculo é desenvolvimento
Brincar com crianças com TEA é mais do que uma atividade, é uma forma de amor e cuidado.
Ao oferecer tempo de qualidade, escuta e presença, pais e cuidadores ajudam a criança a desenvolver segurança emocional, habilidades sociais e capacidade de interação com o mundo.
A AMAFV acredita que cada brincadeira é uma oportunidade de crescimento e inclusão.
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